Ciência, Força e Cortesia
A ira é o ovo do medo,
Olho de pálpebra é mais ledo.
Para o vírus da serpente
Ainda cura não há,
E para a fala da cobra
Também o mesmo se dá.
Palavra franca associa
A virtude à cortesia.
Não dês estocada maior
Que a do teu braço mexido,
Nem gastes a tua força
Com um ramo apodrecido.
A Este e a oeste, a Sul e a Norte
Fecha a boca e alinda o porte.
Na jaula me veio o ser
Do Homem sei o viver.
Ou na caça, ou nos currais
Dá guerra aos homens chacais.
Não emitas nem um som
Quando dizem: “O trilho é bom”.
De auxílio nem um naco
Se te incitam contra o fraco.
Nem por brado ou eco que passa
Te afastes da pista de caça.
De manhã, quando acordares
P’ra o labor de cada dia,
De toda a vida da selva
Sentirás a nostalgia:
Ciência, força e cortesia.
- A. D.
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