No estado actual da nossa sociedade, e dos jogos de relacionação e das práticas educativas nelas desenvolvidas, torna-se delicado manter o difícil equilíbrio entre a admissão do desejo e o seu domínio, a sua transposição para finalidades aceitáveis. A balança pende muitas vezes a favor do domínio e de uma repressão do desejo, considerado como perigoso e, por uma espécie de contágio, são tomadas como interditas algumas satisfações admitidas como inocentes pela moral corrente, ou até mesmo pelo próprio sujeito, que apesar disso as proíbe na prática. Isto que se acabou de descrever é um determinado modo de estruturação da personalidade muito frequente, que conduz àqueles pseudo-equilíbrios penosos e mutiladores, baseados num conflito interno insolúvel, a que se chama de estados neuróticos.
Ainda a este respeito, vemos como um indivíduo ou um pequeno grupo podem ser considerados, por isso, como inadaptados, mas como, à escala sociológica e usando uma perspectiva histórica, podemos admitir que se trata de uma frutuosa crise de maturação.
Ainda a este respeito, vemos como um indivíduo ou um pequeno grupo podem ser considerados, por isso, como inadaptados, mas como, à escala sociológica e usando uma perspectiva histórica, podemos admitir que se trata de uma frutuosa crise de maturação.
-Roger Perron
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