O Infinito Matemático, ou o "Penso, logo Desisto"
Quando se trata duma colecção infinita, isto é, que nenhuma enumeração pode esgotar, a palavra “todos” não tem um sentido tão claro, a sua negação também não e nem mesmo a expressão “não existe”. Só a expressão “existe” conserva um sentido claro. É pois imprudente pretender concluir uma existência a partir da absoluta negação da correspondente universal, o que seria o mesmo que concluir o claro do escuro, o determinado do indeterminado. O terceiro não é excluído. Não podemos, para demonstrar a verdade do existencial, contentarmo-nos em demonstrar por absurdo a falsidade da universal contrária. Como contrárias não podem ser ambas verdadeiras, mas podem ser as duas falsas.
– Robert Blanche
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