Existe uma anedota infantil que retrata uma conversa entre pássaros, na sua reunião anual de família. O pai pássaro, chefe de família, inicia a reunião exclamando peremptoriamente: "Piui". A mãe pássaro, intrigada, interroga prontamente: "Piu?". O filho mais novo pássaro, com o entusiasmo da sua primeira reunião familiar, levanta a asa com vontade de intervir. Perde-se porém nos olhares dos restantes e, desde logo, é ignorado. Continua assim a avó pássaro, procurando esclarecer as interrogações da filha, com um sincero "Piu?!". O filho pássaro, neste momento, começa aos saltos com vontade de participar mas tal como anteriormente, ninguém lhe liga. Finalmente, o ancião da família, o velho pássaro, conclui: "Piu.". Percebendo que a reunião estava próximo do fim, o filho pássaro ganhou coragem e, com um enorme sorriso, acrescentou, em alto som: "Piu Piu.". E levou dois tabefes por ter mudado de conversa.
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A diferença, em termos sociais, é um fenómeno complexo e não só é pouco valorizado, como frequentemente é alvo de crítica. Desde a infância, que ouvimos frases como "Não faças isto ou aquilo",cerca de 40 vezes ao dia. Tal significa que ao sete anos uma criança já enfrentou a negação mais de 100 000 vezes. Quando chegamos a adultos, a negação e penalização são hábitos enraizados.- A. D.
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