Num arquipélago maravilhoso e deserto, no meio do nada, naufragaram as seguintes pessoas:
dois italianos e uma italiana;
dois franceses e uma francesa;
dois alemães e uma alemã;
dois gregos e uma grega;
dois ingleses e uma inglesa;
dois búlgaros e uma búlgara;
dois japoneses e uma japonesa;
dois chineses e uma chinesa;
dois americanos e uma americana;
dois irlandeses e uma irlandesa;
dois portugueses e uma portuguesa;
Passado um mês, nestas ilhas absolutamente maravilhosas, no meio do nada, passava-se o seguinte:
Um italiano matou o outro italiano por causa da italiana;
Os dois franceses e a francesa vivem felizes juntos num ménage-a-trois;
Os dois alemães marcaram um horário rigoroso de visitas alternadas a alemã;
Os dois gregos dormem um com o outro e a grega limpa e cozinha para eles;
Os dois ingleses aguardam que alguém os apresente à inglesa;
Os dois búlgaros olharam longamente para o oceano, depois olharam longamente para a búlgara e começaram a nadar;
Os dois japoneses enviaram um fax para Tóquio e aguardam instruções;
Os dois chineses abriram uma farmácia/bar/restaurante/lavandaria, e engravidaram a chinesa para lhes fornecer empregados para a loja.
Os dois americanos estão a equacionar as vantagens do suicídio porque a americana só se queixa do seu corpo, da verdadeira natureza do feminismo, de como ela é capaz de fazer tudo o que eles fazem, da necessidade de realização, da divisão de tarefas domésticas, das palmeiras e da areia que a fazem parecer gorda, de como o seu último namorado respeitava a opinião dela e a tratava melhor do que eles, de como a sua relação com a mãe tinha melhorado e de que, pelo menos, os impostos baixaram e também não chove na ilha...
Os dois irlandeses dividiram a ilha em Norte e Sul e abriram uma destilaria. Eles não se lembram se o sexo está no programa por ficar tudo um bocado embaciado depois de alguns litros de whisky de coco. Mas estão satisfeitos porque, pelo menos, os ingleses não se estão a divertir...
Quanto aos dois portugueses mais a portuguesa que também se encontram na ilha, até agora não se passou nada porque os dois portugueses resolveram constituir uma comissão encarregada de decidir qual dos dois homens seria autorizado a requerer por escrito o estabelecimento de contactos íntimos com a mulher. Acontece que a comissão já vai na 17ª reunião e até agora ainda nada se decidiu, até porque falta ainda aprovar as actas das 5 últimas reuniões, sem o que o processo não poderá andar para a frente. Vale ainda a pena referir que, de todas as reuniões, 3 foram dedicadas a eleger o presidente da comissão e respectivo assessor, 4 ficaram sem efeito dado ter-se chegado a conclusão que tinham sido violados alguns princípios do código de procedimento administrativo, 8 foram dedicadas a discutir e elaborar o regulamento de funcionamento da comissão e 2 foram dedicadas a aprovar esse mesmo regulamento. É ainda notável que muitas das reuniões não puderam ser realizadas ou concluídas, já que duas não continuaram por falta de quórum, uma ficou a meio em sinal de protesto pelo agravamento das condições de vida e 5 coincidiram com feriados ou dias de ponte.
- A. D. (gentilmente enviado por mail há muito, muito tempo, pelo meu grande amigo Pedro Fernandes)
dois italianos e uma italiana;
dois franceses e uma francesa;
dois alemães e uma alemã;
dois gregos e uma grega;
dois ingleses e uma inglesa;
dois búlgaros e uma búlgara;
dois japoneses e uma japonesa;
dois chineses e uma chinesa;
dois americanos e uma americana;
dois irlandeses e uma irlandesa;
dois portugueses e uma portuguesa;
Passado um mês, nestas ilhas absolutamente maravilhosas, no meio do nada, passava-se o seguinte:
Um italiano matou o outro italiano por causa da italiana;
Os dois franceses e a francesa vivem felizes juntos num ménage-a-trois;
Os dois alemães marcaram um horário rigoroso de visitas alternadas a alemã;
Os dois gregos dormem um com o outro e a grega limpa e cozinha para eles;
Os dois ingleses aguardam que alguém os apresente à inglesa;
Os dois búlgaros olharam longamente para o oceano, depois olharam longamente para a búlgara e começaram a nadar;
Os dois japoneses enviaram um fax para Tóquio e aguardam instruções;
Os dois chineses abriram uma farmácia/bar/restaurante/lavandaria, e engravidaram a chinesa para lhes fornecer empregados para a loja.
Os dois americanos estão a equacionar as vantagens do suicídio porque a americana só se queixa do seu corpo, da verdadeira natureza do feminismo, de como ela é capaz de fazer tudo o que eles fazem, da necessidade de realização, da divisão de tarefas domésticas, das palmeiras e da areia que a fazem parecer gorda, de como o seu último namorado respeitava a opinião dela e a tratava melhor do que eles, de como a sua relação com a mãe tinha melhorado e de que, pelo menos, os impostos baixaram e também não chove na ilha...
Os dois irlandeses dividiram a ilha em Norte e Sul e abriram uma destilaria. Eles não se lembram se o sexo está no programa por ficar tudo um bocado embaciado depois de alguns litros de whisky de coco. Mas estão satisfeitos porque, pelo menos, os ingleses não se estão a divertir...
Quanto aos dois portugueses mais a portuguesa que também se encontram na ilha, até agora não se passou nada porque os dois portugueses resolveram constituir uma comissão encarregada de decidir qual dos dois homens seria autorizado a requerer por escrito o estabelecimento de contactos íntimos com a mulher. Acontece que a comissão já vai na 17ª reunião e até agora ainda nada se decidiu, até porque falta ainda aprovar as actas das 5 últimas reuniões, sem o que o processo não poderá andar para a frente. Vale ainda a pena referir que, de todas as reuniões, 3 foram dedicadas a eleger o presidente da comissão e respectivo assessor, 4 ficaram sem efeito dado ter-se chegado a conclusão que tinham sido violados alguns princípios do código de procedimento administrativo, 8 foram dedicadas a discutir e elaborar o regulamento de funcionamento da comissão e 2 foram dedicadas a aprovar esse mesmo regulamento. É ainda notável que muitas das reuniões não puderam ser realizadas ou concluídas, já que duas não continuaram por falta de quórum, uma ficou a meio em sinal de protesto pelo agravamento das condições de vida e 5 coincidiram com feriados ou dias de ponte.
- A. D. (gentilmente enviado por mail há muito, muito tempo, pelo meu grande amigo Pedro Fernandes)
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