Povo que lavas no rio
Povo que lavas no rio
que talhas com teu machado
as tábuas do meu caixão
há-de haver quem te defenda
quem compre o teu chão sagrado
mas a tua vida não
Fui ter à mesa redonda
beber em malga que esconda
um beijo de mão em mão
Era o vinho que me deste
água pura em fruto agreste
mas a tua vida não
Aromas de urze e de lama
dormi com eles na cama
tive a mesma condição.
Povo, povo eu te pertenço
deste-me alturas de incenso
mas a tua vida não.
- Letra: Pedro Homem de Melo
- Música: Fado Vitória
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