Tuesday, January 16, 2007

Pensamento do Dia


Palavras e Silêncio


Há algumas coisas que são lindas demais para serem descritas por palavras. É necessário admirá-las em silêncio e em recolhimento, apreciá-las em toda sua plenitude.

São necessárias tão poucas palavras para exprimir a sua essência! Os grandes discursos servem apenas para confundir ou doutrinar. O silêncio é frequentemente mais esclarecedor que um fluxo de palavras. Olhem para uma mãe com a criança ao colo. O bebé sabe obter tudo o que quer sem dizer uma palavra.

De facto, as palavras devem ser a embalagem dos pensamentos. Não adianta fazer discursos muito longos para expressar os sentimentos do coração. Um olhar conta mais que mil palavras.

Acredito que a Natureza, na sua grande sabedoria, deu-nos apenas uma língua e duas orelhas para que ouçamos mais e falemos menos...

Se uma discurso não é mais bonito do que o silêncio, então é preferível não dizer nada! Esta é uma grande verdade sobre a qual os grandes líderes deste mundo deveriam meditar um pouco. Quanto maior e mais generoso é o coração... menos palavras serão utilizadas.

É necessário relembrar-se do provérbio dos filósofos: as palavras verdadeiras nem sempre são bonitas, mas as palavras bonitas nem sempre são verdades.

É característica das grandes mentes fazer com que em poucas palavras muitas coisas sejam ouvidas... Pelo contrário, as mentes pequenas acham que lhes foi oferecida uma concessão ad eternum para falar... e não dizer nada. Falam o que não interessa, mas há sempre aqueles que sabem aproveitar o que pouco que deve ser escutado.

Se só duas palavras são necessárias para dizer “gosto de ti", para quê dizer outras que ao serem ditas poderão passar por supérfluas...

Sim e não são as palavras mais curtas e fáceis de serem ditas, mas são aquelas que trazem as mais pesadas consequências.

São necessários apenas dois anos para que o ser humano aprenda a falar e toda uma vida para que ele aprenda a ficar em silêncio...

Ser comedido nas suas palavras não é um defeito, mas uma prova de profunda sabedoria. Aquele que fala muito, quase nunca tem sucesso para organizar as coisas; tem antes a tendência para as confundir .

- Florian Bernard

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